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Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A escola em que se pensa, em que se atua, em que se cria, em que se fala, em que se ama, se adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida. (Paulo Freire, 1993)

segunda-feira, junho 13, 2011

CIÊNCIAS SOCIAIS CALENDÁRIO DE PROVAS

SOS Orquestra Sinfônica Brasileira


       Matéria indicada pelo Daniel , do curso de História.
      Está havendo uma crise na Orquestra Sinfônica Brasileira já faz algum tempo, onde 32 músicos foram demitidos injustamente simplesmente por capricho de seu maestro,desde então tem se arrastado uma novela épica, onde depois de demitidos os músicos fizeram protesto. A O.S.B. abriu editais para preencher as 32 vagas, em Londres, Nova york e RIO, ou seja, de brasileira essa orquestra só quer manter o nome.

Federação Internacional dos Músicos pede boicote à OSB

Músico durante concerto protesto pelas demissões da OSBA Federação Internacional dos Músicos divulgou ontem um comunicado aos associados pedindo boicote mundial às audições que a OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira) fará neste mês em Londres, em Nova York e no Rio.
A orquestra pretende contratar instrumentistas para preencher as vagas deixadas pelos 36 funcionários demitidos e para outras 13 posições que já estavam em aberto.
O comunicado adverte que os músicos que participarem das audições poderão tomar o lugar de colegas "demitidos incorretamente".
O texto também convoca todos os sindicatos ligados à federação a ajudarem o Sindicato dos Músicos do Rio na divulgação deste pedido.
As vagas são para violino, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta, oboé, piano, clarineta, fagote, trompa, trompete e trombone.
Procurada pela Folha, a direção da OSB informou apenas que já está entrando em contato com a Federação Internacional dos Músicos.
No sábado, em mais um capítulo da batalha, 36 músicos demitidos fizeram um concerto de protesto na Escola de Música da UFRJ, no Rio.
Vestindo camisetas com a inscrição "SOS Orquestra Sinfônica Brasileira", os músicos foram regidos pelo maestro Osvaldo Colarusso e tocaram para um público de 600 pessoas, acompanhados pela solista Cristina Ortiz, que se recusou a tocar com a orquestra oficial em abril.
Em 26 de abril, a Fundação OSB deu por encerrada a negociação com os instrumentistas demitidos, depois que eles não responderam à proposta do conselho da orquestra de reintegrá-los mediante a uma avaliação de desempenho com regras mais brandas. Eles não abrem mão da exigência de afastamento do maestro Roberto Minczuk.
No evento de sábado, os músicos admitiram pela primeira vez a possibilidade de criar uma orquestra dissidente.

Folha.com

Músicos demitidos da OSB fazem concerto-protesto no Rio

Trinta e seis dos 44 músicos demitidos da OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira) por discordarem de exigências feitos pelo maestro Roberto Minczuk promoveram um concerto.
O evento, prestigiado por cerca de 600 pessoas, ocorreu na Escola de Música da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Os demitidos se reuniram com outros músicos e fizeram ensaios na própria escola, usando instrumentos e partituras da Orquestra Petrobras Sinfônica.
Todos os músicos vestiam camisetas onde se lia "SOS Orquestra Sinfônica Brasileira".
Antes do início da apresentação, o diretor da Escola de Música, André Cardoso, fez um discurso em que prestou solidariedade aos músicos demitidos. "A verdadeira Orquestra Sinfônica Brasileira está aqui", declarou.
A solista Cristina Ortiz, que deixou de participar de um concerto da composição oficial da OSB para acompanhar os músicos demitidos, apresentou-se também vestida com a camiseta símbolo do protesto.
"Sou amiga do maestro [Minczuk], mas acho que ele agiu totalmente errado. Não tive oportunidade de falar com ele sobre isso e agora estou 'pichada'", disse.
O ex-presidente da Comissão dos Músicos da OSB, Luzer Machtyngier, vislumbrou duas saídas para a situação. "Se todas as penalidades impostas aos músicos fossem retiradas, eles voltariam", disse. "A outra hipótese, que depende de patrocínio e por enquanto é um sonho, é criar outra orquestra", cogitou.

quarta-feira, junho 08, 2011

CARTA ABERTA A POPULAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

Caros/as colegas,
Vale a pena ler e divulgar a carta abaixo.
Saudações
Célia


CARTA ABERTA A POPULAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

Povo Fluminense,
Os Bombeiros do Rio de Janeiro, profissionais trabalhadores, ordeiros e competentes, em respeito à população que sempre defenderam, por vezes com o sacrifício da própria vida, vem a público esclarecer o que tem ocorrido na Corporação e no Governo do Estado e o que levou companheiros e seus familiares a desafiarem os desmandos do Comandante Geral Cel Pedro Marco e do Governador Sérgio Cabral.
Como sabemos, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro é uma corporação voltada para a preservação de vidas e proteção de Bens da população do Estado do Rio de Janeiro.
Ao longo da sua existência, o CBMERJ sempre se pautou pela hierarquia e disciplina e também pela credibilidade de seus serviços, estando ao lado da população Fluminense em todas as suas aflições e enfrentando com bravura as calamidades naturais que atingem o Estado. São inúmeras as vidas salvas e os bens preservados pelos profissionais do Corpo de Bombeiros, que a população chama carinhosamente de Heróis. Ao nos formarmos, juramos defender a população com o Sacrifício da nossa própria vida e assim temos feito ao longo desses 155 anos de existência.
A Corporação recolhe cadáveres, combate os mosquitos da dengue, atua nas UPAS, guarnece o sambódromo no carnaval e atua no Rock in Rio (sem remuneração extra, embora o evento seja cobrado ao público), além de exercer as suas funções de salvamentos e combate à incêndio, recebendo um dos PIORES SALÁRIOS pagos pela categoria no Brasil (tabela ao Final).
O reequipamento da Corporação não é mérito do Governador, mas sim da população do Estado do Rio de Janeiro que paga a taxa de incêndio e que, ainda assim, não sabe que os recursos não são totalmente destinados à Corporação.
A Ira do Sr. Sérgio Cabral, com os Bombeiros, vem de 2009, quando foi vaiado pela Corporação durante o lançamento da Campanha “Cultura Antidengue” no ginásio do Maracanãzinho e desde então tem discriminado os Bombeiros militares, sejam nas gratificações (usando seu poder de discricionariedade) seja nas condições de trabalho (vocês viram alguma homenagem aos heróis que morreram na calamidade da Região Serrana?)
Agora, a população do Estado do Rio de Janeiro, assiste a sua Corporação de heróis ser aviltada e achincalhada pelas atitudes ditatoriais do Governador Sérgio Cabral que culminou com os manifestantes adentrando o Quartel Central da Corporação, no ultimo dia 03, para serem ouvidos pelo seu Comandante Geral, que omisso, serviu de “pau mandado” do governador Sérgio Cabral e ignorou os clamores de sua Tropa, nem comparecendo ao local.
O Governador Sérgio Cabral, adotando os melhores recursos da DITADURA, mandou o BOPE invadir com tiros e bombas o Quartel Central do Corpo de Bombeiros, ferindo militares honestos, mulheres e crianças indefesas. Atitude inadmissível em um Estado democrático de Direito!
Porque o Comandante Geral do CBMERJ, Cel Pedro Marco, não tomou as medidas necessárias para a retirada de seus militares do pátio do Quartel Central? Estavam todos desarmados e com seus familiares. Não era necessário o uso da força e sim do diálogo. Os Bombeiros são pacíficos por natureza.
O Governador nunca gostou da Corporação. Nomeou para Secretário o Ex médico do CBMERJ Sérgio Côrtes, um homem que deixou a Corporação por não concordar com os baixos salários e a carga de trabalho excessiva e agora nada faz para ajudar a Corporação, apenas integra os desmandos administrativos e superfaturados do Governo do Estado na área da saúde.
Assistimos perplexos ao Comandante Geral da PMERJ usurpar o Comando do CBMERJ e se dirigir, dentro do quartel dos Bombeiros, à tropa de profissionais honestos como se bandidos fossem.
Nossos militares foram presos e conduzidos aos quartéis da PMERJ como criminosos apenas por reivindicar dignidade profissional!
Se nossos companheiros erraram ao ADENTRAR a SUA SEGUNDA MORADA, o Governador foi CRIMINOSO e DITATORIAL ao ordenar a invasão do Quartel Central dos Bombeiros pelo BOPE com uso de FORÇA, TIROS E BOMBAS, como se ali fosse uma antro de criminosos e não de profissionais que arriscam a sua vida pela população, CAUSANDO FERIMENTO EM MULHERES E CRIANÇAS e obrigando a nossos companheiros ao confronto.

AJUDEM AQUELES QUE SEMPRE O SOCORRERAM!!!
NUNCA DEIXAMOS DE ATENDER E SOCORRER A POPULAÇÃO!
MOSTRE A SUA INDIGNAÇÃO POR ESSE ATO VIOLENTO E DITATORIAL DO GOVERNADOR SERGIO CABRAL!!!
MOSTRE O SEU APOIO AOS BOMBEIROS!
ENVIEM  ESSA  CARTA  PARA TODOS OS SEUS AMIGOS.
ACOMPANHEM E APOIEM O NOSSO MOVIMENTO PELO SITE http://www.sosguardavidas.com/ 

SALÁRIOS BRUTOS NO BRASIL:
01º - Brasília - R$ 4.129.73
02º - Sergipe – R$ 3.012.00
03º - Goiás – R$ 2.722.00
04º - Mato Grosso do Sul – R$ 2.176.00
05º – São Paulo – R$ 2.170.00
06º – Paraná – R$ 2.128,00 1
07º - Amapá – R$ 2.070.00
08º – Minas Gerais - R$ 2.041.00
09º - Maranhão– R$ 2.037.39
10º – Bahia – inicial - R$ 1.927.00
11º - Alagoas - R$ 1.818.56
12º - Rio Grande do Norte – R$ 1.815.00
13º - Espírito Santo – R$ 1.801.14
14º - Mato Grosso – R$ 1.779.00
15º - Santa Catarina – R$ 1.600.00
16º - Tocantins – R$ 1.572.00
17º - Amazonas – R$ 1.546.00
18º - Ceará – R$ 1.529,00
19º - Roraima – R$ 1.526.91
20º - Piauí – R$ 1.372.00
21º - Pernambuco – R$ 1.331.00
22º - Acre – R$ 1.299.81
23º - Paraíba – R$ 1.297.88
24º - Rondônia – R$ 1.251.00
25º - Pará – R$ 1.215,00
26º - Rio Grande do Sul – R$ 1.172.00
27º - Rio de Janeiro - R$ 1.031,38 (SEM VALE TRANSPORTE)


O RIO DE JANEIRO é o Estado que mais recebe investimentos no Brasil, é o 2º que mais arrecada impostos. Pretende Sediar o Rock in Rio, as Olimpíadas militares, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.

segunda-feira, junho 06, 2011

Choque de ordem contra a cultura popular

Matéria da Revista Brasil de Fato, indicado pelo Diego, 2° período de Ciências Sociais.


Prefeitura do Rio de Janeiro fortalece o controle sobre as manifestações populares
   
09/11/2011
Ana Lucia Vaz
do Rio de Janeiro (RJ)

       Para fazer um espetáculo teatral gratuito em praça pública, no Rio de Janeiro (RJ), o artista precisa dar entrada num pedido de “nada a opor”, na Secretaria Municipal de Ordem Pública, com 30 dias de antecedência. Já os blocos de carnaval de rua tiveram até o dia 24 de setembro deste ano para pedir a “autorização” da Prefeitura para desfilar no feriado de 2011. É o choque de ordem na cultura popular carioca.
      Atores e coordenadores de blocos afirmam que as normas da Prefeitura são inconstitucionais. “Não é concebível que o prefeito [Eduardo Paes (PMDB)] diga quem pode e quem não pode fazer cultura de graça, na rua, para o povo!”, protesta Luis Otávio Almeida, coordenador do Cordão do Boi Tolo e membro da Desliga de Blocos. No dia 19 de setembro, a Desliga promoveu sua segunda Bloqueata, um carnaval-protesto contra o decreto municipal.
     Pouco antes, no dia 23 de agosto, os artistas de teatro e circo de rua fizeram manifestação artística na Cinelândia, também em nome da liberdade de expressão. No manifesto, os artistas protestavam contra “a injustiça que a Prefeitura do Rio vem cometendo [...], proibindo os espetáculos de Teatro de Rua e Circo, gratuitos, nas praças públicas”.
    A prática dos artistas de rua sempre foi informar à região administrativa onde o evento aconteceria. Também os blocos avisam à região administrativa e à polícia. Em 2009, a Prefeitura decretou que os blocos devem aguardar sua “autorização”. Já os artistas teatrais dependem da Secretaria de Ordem Pública.
    Segundo o artigo 5º da Constituição brasileira, “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença”. Como, então, uma prefeitura pode autorizar ou proibir tais manifestações?
    Sobre o carnaval, o prefeito decretou: “Os representantes das bandas e blocos carnavalescos deverão protocolar os pedidos de autorização”. Os documentos exigidos vão do CPF do responsável pelo bloco à comprovação de que já informaram diversas instâncias do governo. O decreto ainda ameaça: “O não cumprimento das normas [...] implicará no indeferimento do pedido para o carnaval do ano subseqüente”.
Se resolver desfilar sem autorização, o que acontece? O Cordão do Boi Tolo já ignorou o decreto de 2009. Aliás, problema com a polícia, no carnaval, não é exatamente uma novidade. É quase uma brincadeira. Jorge Sapia, coordenador do bloco “Meu Bem Volto Já”, aposta que não tem como proibir os blocos que não se registrarem. “A lógica do carnaval é exatamente driblar a lógica oficial. O movimento de gato e rato com a polícia”, afirma.
      Difícil reprimir um bloco. Mas, segundo Luis Otávio, acontecem repressões pontuais, a pequenos grupos, dependendo da decisão dos policiais de plantão.
      A situação do teatro de rua é semelhante. Depende da sorte. Muitas vezes, mesmo considerando inconstitucional, o grupo obedece à exigência da Prefeitura porque “é muito desagradável você chegar na praça e a polícia não te deixar trabalhar”, explica Richard Riguetti, um dos articuladores da Rede Brasileira de Teatro de Rua.
      Ele pretende registrar denúncia contra a Prefeitura no Ministério Público, por impedir a apresentação de seu grupo, o Off-Sina, em Campo Grande. O espetáculo “Nego Beijo” foi reprimido por “15 homens do choque de ordem”, apesar de ter autorização da Secretaria Municipal de Cultura e o “nada a opor” da Sub-Prefeitura de Campo Grande.