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Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A escola em que se pensa, em que se atua, em que se cria, em que se fala, em que se ama, se adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida. (Paulo Freire, 1993)

sexta-feira, maio 13, 2011

13 de Maio

Depois de muitos anos de assinatura da Lei Áurea temos que refletir seriamente os efeitos dessa “libertação” para os escravos e, conseqüentemente, para seus descendentes. Apesar da abolição da escravatura, os negros ainda sofrem certo preconceito. Hoje temos um ministro; vários negros venceram na vida após muitas dificuldades, mas ainda é muito pouco dentro do ideário de liberdade de 120 anos atrás.A situação da maioria da população afrodescendente continua permeada pelas dificuldades de acesso à educação, moradia, emprego e saúde.
Ingrid Bernardo

A Abolição aboliu?sim ou não?

“... como foram as políticas estatais que, após a abolição, inviabilizaram toda forma de reparação oficial pelos quase 400 anos de escravidão, jogando milhões de pessoas das senzalas para as ruas, da escravidão para o desemprego ou para as garras de patrões que nunca deixaram de tratá-las como seus "negrinhos" e suas "negrinhas".’’
Por Wilson da Silva    Coordenador executivo do Núcleo de Consciência Negra na USP

“Os negros libertos - quase 800 mil-- foram jogados na mais temível miséria. O Brasil imperial -- e, logo a seguir, o jovem Brasil republicano - negou-lhes a posse de qualquer pedaço de terra para viver ou cultivar, de escolas, de assistência social, de hospitais. Deu-lhes, só e sobejamente, discriminação e repressão. Grande parte dos libertos, ergueram os chamados bairros africanos, origem das favelas modernas. Apesar da impossibilidade de plantar, acharam ali um meio social menos hostil, mesmo que ainda miserável.” 
História do Brasil - Luiz Koshiba - Editora Atual

''A assinatura da Lei Áurea em 13 de maio de 1888 foi um ato que aboliu formalmente a escravidão no Brasil, mas que não apresentou nenhum projeto nacional de inserção de negro na sociedade. O negro continuou na periferia, na franja, nas encostas. Em uma situação ainda de muita subalternidade. Não é a toa que a escravidão existe até hoje''
Olívia Santana, Vereadora de Salvador (PCdoB)

O Brasil é um país Racista?

“O que existe por aqui é muito racismo camuflado e que todo mundo faz questão de não enxergar. Os alvos, mesmo que inconscientemente sempre são os mesmos.”
Ilídio Teixeira

“ Pois é! Eu confirmo pra você ter certeza do que eu disse: não existe preconceito racial. O que existe, na verdade, é preconceito social. “
  Mateus Berteges 

''Eu respondo sim, somos um país racista, se por racismo entendermos a disseminação no nosso cotidiano de práticas de discriminação e de atitudes preconceituosas que atingem prioritariamente os pardos, os mestiços e os pretos. Práticas que diminuem as oportunidades dos negros de competir em condições de igualdade com pessoas mais claras em quase todos os âmbitos da vida social que resultam em poder ou riqueza.
Do mesmo modo, até recentemente era difícil achar uma face negra na TV brasileira, em comerciais ou em programas de entretenimento ou informação. Casos de violência policial contra negros eram comuns, como o era a detenção de negros por suspeição ou a proibição de usarem o elevador social em edifícios residenciais.
A presença de negros nas universidades, como professores ou alunos, continua muito abaixo da proporção de negros em nossa população.''
ANTONIO SÉRGIO ALFREDO GUIMARÃES, 57, Ph.D em sociologia pela Universidade de Wisconsin-Madison, é professor titular do Departamento de Sociologia da USP

  E VOCÊ?
VOCÊ  ACREDITA REALMENTE QUE A ABOLIÇÃO ABOLIU O PRECONCEITO?


Um comentário:

  1. Gostaria de solicitar a retirada de meu nome em seu texto.

    Mesmo havendo a intenção de dar crédito, o texto do qual foi retirado o trecho citado não encontra-se mais disponível on-line.

    Agradeço a compreensão.

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